Da Porta Pra Fora
Simão e Sabino
Vagando sozinha sem rumo na vida
Nas ruas do centro da grande cidade
A pobre mocinha que veio de longe
Passou toda a espécie de necessidade
O drama maldito que ela carrega
É um pesadelo que muito lhe arrasa
É tão doloroso seu triste passado
Porque por um erro, um passo mal dado
Seu pai revoltado lhe tocou de casa
Seu único meio de sobrevivência
É levar a vida que ela não quer
Seu corpo franzino, seu jeito decente
É a pecadora de alma inocente
Pinguinho de gente, menina mulher
Durante a noite se joga na luta
Não pode deixar atrasar o aluguel
Durante o dia descansa seu corpo
Em um miserável quartinho de hotel
Se perde o sono pensando na vida
Recorda de tudo e sozinha chora
De voltar pra casa jamais ela fala
Porque o seu pai não vai perdoá-la
Vai pôr sua mala da porta pra fora
Seu único meio de sobrevivência
É levar a vida que ela não quer
Seu corpo franzino, seu jeito decente
É a pecadora de alma inocente
Pinguinho de gente, menina mulher
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